segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Gotículas de água


Numa corredeira infernal ela ia para lá e para cá.
Batia em galhos a cabeça deixando-a tonta.
Finalmente ela chegava à grande cachoeira.
Ela só ouvia o som de suas colegas ao lado.
Depois da cachoeira era um silêncio total.

Ia se aproximando e ia.
Chegou à cachoeira e caiu.
Olhava para baixo e era como se estivesse num avião.
Ela descia velozmente, e não tinha para quedas.
Ao lado via a paisagem passar rapidamente.

Em um dado momento ela sente o mundo diferente.
O que tinha acontecido? Ela se evaporara.
Com mais liberdade, ela ia pra lá e pra cá.
Dançando suavemente uma dança de amor.
A gotinha passou a viver no mundo do amor eterno.

Via as companheiras delas e elas a vinham,
Dançavam e não caminhavam, ao som do vento nas árvores.
A realidade caminha e a imaginação dança.
Elas dançam ao som do vento,
Procurando aprender a voar em liberdade.


Diamante


É uma pedra límpida e dura,
Como o amor sincero e inabalável,
Almejados por todos. Atendidos por poucos.

Não há quem possa riscá-la.
Nem há quem o enfraqueça.
Todos querem o diamante e o amor.

Nas bolsas de pedra disputam o diamante.
Nos namoros procuram o amor.
Numa procura perene.

O verdadeiro amor é um diamante lapidado.
Quem o achou e o lapidou, o tem como pedra rara.
Brilhando longe nos olhos dos amantes.

Aquele caminhar sincronizado.
O olhar e as mãos entrecruzadas.
Aquele cheiro único perfumado de amor.


Quem sou eu

Eu sou o imaginário
Embutido em corpo frágil
Sentindo, imaginando e escrevendo

Energias loucas circulam em mim
E me fazem sorrir
Alí onde começa minha alegria

De viver
De escrever
De amar vocês

Ela

Eterna musa inspiradora.
Minha amiga e namorada.
Canta sua harpa ao sol nascente

Cheia de amor, distribui a todos com vontade.
Calma, inteligente.
Lê estas linhas e sorri.

Seus pensamentos ecoam rápidos.
Seus olhos acompanham.
Demonstram seus sentimentos sutilmente.

Forte, educada, já não encontro adjetivos.
Procuro verbos e substantivos para melhor descreve-la
Não os encontro nem no próprio mar.

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